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#6 Assunto do mês: O que saúde e bem-estar tem a ver com sustentabilidade?

Dia 5 de agosto foi comemorado o Dia Nacional da Saúde, data que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária e a ter um estilo de vida mais saudável. E, por isso, neste mês vamos abordar saúde e bem-estar como o Assunto do mês de agosto.


A OMS define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. O conceito de bem-estar está conectado à percepção da saúde nos aspectos mental, emocional, social e físico.


  • Bem-estar mental é a capacidade que temos de administrar os sentimentos independentemente de fatores externos.

  • Emocional é o equilíbrio entre nossos sentimentos, desejos, felicidade, segurança e a ausência de estresse, incluindo o autoconhecimento e a espiritualidade.

  • Bem-estar social são as coisas que incidem na de forma positiva na qualidade de vida, como bom emprego, recursos econômicos suficientes para satisfazer as nossas necessidades, ter uma moradia, acesso à educação e saúde e tempo de lazer.

  • Bem-estar físico é a condição do corpo em relação às doenças e ao rigor físico, relacionado ao bom funcionamento do metabolismo.


O conceito de saúde é bem amplo e a aplicação dos itens que os caracteriza passa por uma análise sistêmica da vida de um indivíduo. Uma saúde de qualidade depende do ambiente em que o indivíduo está inserido, um ambiente saudável é imprescindível para a saúde. Nesse contexto, ter saúde e bem-estar está diretamente conectado às condições econômicas para ter acesso a todos os tópicos que compõem, ou seja, é algo a que poucos têm acesso. Não existe discussão de saúde sem discutir pobreza. E essa é a conexão com a sustentabilidade, com o desenvolvimento sustentável.


Ter uma vida saudável e proporcionar o bem-estar de todos é importante para que exista uma sociedade próspera. O acesso a eles é um direito humano, porém, a relação entre a saúde e o ambiente ainda carece de atenção, essa relação é frágil devido à mentalidade de desrespeito que a sociedade tem em relação à natureza.


Um exemplo disso é o acesso ao saneamento básico, que inclui acesso à água, tratamento de esgoto, gestão de resíduos e drenagem urbana. A desigualdade quanto à assistência sanitária ainda é significativa no contexto global e brasileiro. A OMS estima que, no Brasil, 15 mil pessoas morram todos os anos por doenças ligadas à deficiência do saneamento básico e outras 350 mil sejam internadas por doenças relacionadas. No país, 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto, e isso pode, consequentemente, resultar em doenças evitáveis.


O acesso à saúde e bem-estar é destacado na Agenda 2030 como um dos assuntos estratégicos para o desenvolvimento sustentável, o ODS 3 - Saúde e bem-estar: Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.


Sob essa perspectiva, para que projetos sejam efetivamente sustentáveis, o bem-estar dos envolvidos devem ser considerados. Um ponto de partida para tal é o programa de metas do governo federal do ODS 3 que, embora sejam específicos e técnicos da área, podem auxiliar na visão sistêmica da sustentabilidade, principalmente quando aliado ao ODS 4 - Educação de Qualidade: Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.


Esse texto faz parte da série Assunto do Mês, publicação mensal sobre um tema relacionado à sustentabilidade. Se você tiver alguma sugestão de assunto nos envie pelo contato@netimpactpoa.org ou pelas nossas redes sociais.


Fontes:

https://www.who.int/publications/i/item/9789240051157


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