A Net Impact é apoiadora da Semana Lixo Zero Porto Alegre neste ano. Além do apoio institucional, iremos oferecer no dia 29/10 o Workshop "O que vem de baixo me atinge, sim! A logística reversa das nossas roupas íntimas".
Sobre o tema
Sendo considerada como a segunda mais poluente do planeta, atrás apenas do setor petrolífero, atualmente a indústria da moda é mundialmente responsável por aproximadamente 10% das emissões globais de CO2 na atmosfera. Este fato se dá em virtude de uma produção média anual de 80 bilhões de peças de roupas, número que corresponde a 400% a mais do que duas décadas atrás, além do imenso impacto ambiental da cadeia produtiva da indústria da moda.
Para viabilizar o funcionamento dessa indústria, e do respectivo setor econômico como um todo, é necessário um maior consumo de recursos naturais, especialmente água e terras destinadas a plantação de algodão, uma robusta operação logística e de outros insumos.
Em termos de sustentabilidade, trata-se de um problema bem significativo sob o ponto de vista da produção, mas também há um ineficiente (por vezes, inexistente) sistema de descarte, resultando em diferentes tipos de poluição. Resumindo, mesmo sendo um setor onde há maior apelo ao consumo e expansão, são impactos das suas atividades é desconsiderado.
Na contramão disso, coloca-se o conceito da economia circular, que permite que seja feito um questionamento de cadeias produtivas como um todo, desde fornecimento de matéria-prima, processo produtivo, uso dos produtos e destinação final e/ou reaproveitamento. Desta forma, preza-se pela preservação ambiental e crescimento econômico, otimização de produção de recursos e fomento à eficácia de processos, compreendendo todo o ciclo de vida dos produtos e buscando a minimização de impactos relacionados aos pilares da sustentabilidade (ambiental, social e econômico).
A incorporação da lógica da economia circular na indústria da moda é uma necessidade, especialmente considerando que, atualmente, apenas 15% sejam de fato reutilizados, mas há um potencial de reciclar cerca de 90% das peças.
A emergência de lidar com o problema é expressa na Agenda 2030 da ONU, mais precisamente no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 (ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis). Neste ponto, o Brasil, através do IPEA, compromete-se com a meta 12.5: “Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da Economia Circular e suas ações de prevenção, redução, reciclagem e reuso de resíduos”.
Entretanto, ainda que neste cenário onde o volume de resíduos oriundos da moda seja significativo, pouca atenção é dedicada ao fim do ciclo de vida das roupas íntimas. Campanhas do agasalho, brechós ou mesmo doação para familiares mais novos não são os destinos ideais para essas peças de roupa, mas então o que fazer com elas?
Dada esta situação, a Net Impact Porto Alegre propõe o Workshop "O que vem de baixo me atinge, sim! A logística reversa das nossas roupas íntimas", tem como objetivo a conscientização e buscar por desenvolvimento de soluções que integrem os diferentes setores da sociedade porto-alegrense.
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Sobre a Semana Lixo Zero Porto Alegre
Realizada anualmente na última semana de outubro, a Semana Lixo Zero é promovida pelo Instituto Lixo Zero, com a intenção de viabilizar momentos de reflexão e ações para a difusão dos conceitos e valores relacionados às suas causas. Desta forma, convida-se a sociedade para a reflexão sobre o consumo e a responsabilidade acerca da geração de resíduos, através da realização de reuniões, campanhas, seminários, fóruns, congressos, mostras, workshops, entre outros formatos. Em 2022, especialmente no Rio Grande do Sul, a Semana Lixo Zero será realizada de forma simultânea em 19 cidades diferentes. Com isso, entre 21 e 30 de outubro de 2022, seguindo o tema “Coletivo e Comunidade”, o evento se desenvolverá através de ações organizadas de forma colaborativa, as quais podem ser cadastradas e divulgadas por meio dos canais oficiais. Especialmente, em Porto Alegre, a chamada Semana Lixo Zero Porto Alegre ou SLZPOA terá a sua oitava edição, por meio da organização das atividades e a colaboração de 24 voluntárias e voluntários.
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